domingo, 7 de dezembro de 2008

FNSP?


Você se sente seguro ao sair de casa? Ou melhor, você se sente seguro dentro de casa? A resposta a estas perguntas tem preocupado cada vez mais a sociedade, que já não sabe mais a quem recorrer.

O Estado, há muito tempo, já não garante mais a segurança da população, que, acuada, aceita proteção secundária de milícias, segurança particular ou até mesmo de armas.

Foram o medo, o desespero e a falta de confiança que levaram os brasileiros a dizer "não" no referendo sobre a proibição da venda de armas no país.

Mas tudo muda se você estiver do outro lado, se você fizer parte da população carcerária, amontoada em condições indignas, mas que, ao mesmo tempo, tem em sua defesa comissões de direitos humanos e entidades jurídicas.

Já reparou como a justiça neste país é contraditória? Nem precisa responder.

Esta semana o Ministério Público do Maranhão vai receber denúncia acusando a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) de tortura contra presos do Centro de Detenção de São Luís, no Maranhão.

De acordo com entidades de defesa dos direitos humanos, a Força Nacional tem praticado abusos contra os presos, sem motivo algum, como tapas, pontapés, murros, além de disparos de balas de borracha e uso de spray de pimenta.


A Força Nacional de Segurança Pública foi criada pelo Ministério da Justiça, em 2004, e é formada por policiais e bombeiros militares de elite de todos os estados, inclusive da Polícia Federal.

É uma espécie de Swat brasileira, cujos treinamentos acontecem dentro e fora do país. Ela atua em momentos de crise, a pedido do governador do estado, permanecendo sempre de prontidão em casos de emergência em qualquer lugar do país.

Que a polícia comete excessos não é novidade, mas e os presos, cometem o quê? Em sua defesa, comissões de direitos de humanos. E em defesa dos policiais? E em nossa defesa?



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