quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cepal?


Você faz idéia de quantas pessoas pobres existem no mundo? Aliás, quais critérios definem a pobreza? Que tipo de privação um sujeito precisa passar para ser considerado pobre?

Existem classificações quanto à renda, mas é evidente que a concepção de pobreza vai muito além de números. Indicadores servem para planejamento de políticas públicas – ou deveria servir -, mas avaliá-los sozinhos é minimizar o problema.

Somente na América Latina e no Caribe 182 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza, o que corresponde a mais de 30% do total. Mas este número já foi maior. No ano passado eram dois milhões a mais, portanto podemos comemorar. Será?

Ao mesmo tempo em que a pobreza diminuiu, o número de indigentes cresceu, de 68 milhões para 71 milhões.

São os dados do relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), divulgados ontem no Chile.


As justificativas (injustificáveis) se baseiam na alta da inflação, na crise dos alimentos e, como não poderia deixar de ser, a expectativa para o próximo ano não é das melhores. Tudo por causa da crise financeira mundial.

Critérios

O Banco Mundial utiliza o critério de um dólar por dia, por pessoa, para classificar quem é pobre. Isso quer dizer que quem recebe menos de um dólar por dia é considerado pobre; e quem ganha menos de meio dólar por dia é classificado como indigente.

Alguns estudos brasileiros consideram pobre quem tem renda mensal inferior a meio salário mínimo. Já o indigente é aquele que tem rendimento inferior a um quarto do salário mínimo.

História

A Cepal é um órgão pertencente às Nações Unidas e foi criada em 1948. A comissão tem buscado promover o desenvolvimento econômico e social, e também a cooperação entre os países membros.

A desigualdade social continua sendo o principal obstáculo na luta contra a pobreza, somada ao desemprego, violência e falta de investimentos em áreas essenciais, como a educação.

Num país em que os critérios de avaliação da pobreza servem para determinar quem participa de programas assistenciais (ou seriam assistencialistas?), fica difícil vislumbrar melhoria.

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