segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Swat?


Situações de risco exigem medidas especiais, profissionais especializados e preparados. A bola da vez, ou melhor, "o caso Eloá", é mais uma daquelas tragédias que acontecem cotidianamente, em vários lugares do país e do mundo.

Mas por que toda essa exposição, toda essa cobertura da mídia? Assim como o caso da menina Isabela, morta ao ser jogada do sexto andar do prédio onde o pai morava, este é mais um drama transformado em espetáculo pelos meios de comunicação.

Traça-se o perfil das vítimas, do seqüestrador, suas rotinas, amizades, relacionamentos, enfim, faz-se um levantamento de informações como se buscassem repostas para o ocorrido. O desfecho trágico, com a morte da adolescente, traz à tona alguns questionamentos: de quem é a culpa? A polícia se precipitou? O rapaz ia matar de qualquer jeito?


Especialistas analisam o caso, dão palpites, julgam a ação policial e alguns vão mais longe: condenam. Em entrevista ao Fantástico, o brasileiro que é instrutor da Swat, Marcos Val, faz duras críticas e aponta falhas na operação. Segundo ele, o tempo do seqüestro foi longo demais e, se estivessem nos Estados Unidos, atiradores de elite teriam executado o rapaz.

Swat

O especialista em negociações trabalha na Swat, o grupo de elite da polícia americana preparado para lidar com riscos. A Swat (pronuncia-se "suáti") é uma sigla em inglês - Special Weapons And Tactics - que significa Armas e Táticas Especiais.

O grupo é formado por policiais extremamente competentes, altamente capacitados e especialmente equipados para o trabalho. Os adjetivos são propositais e chamam a atenção não só para o prestígio destes profissionais, mas também para a estrutura que os mantêm.

Gate

Aqui, a negociação foi feita por policiais do Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais. Assim como a Swat, o Gate é um departamento especializado da polícia, formado por profissionais de elite. A comparação é inevitável, mas, certamente, injusta. Desnecessários são os números quando as diferenças são tão gritantes.

Qualquer pessoa, com o mínimo de bom senso e noção da realidade, tem conhecimento das condições lamentáveis a que polícia do Brasil é submetida, seja ela comum ou de "elite". Armas, viaturas, roupas, equipamentos de segurança, efetivo ou os famigerados salários falam por si só e denunciam a precariedade de recursos e investimentos na segurança.

"É um erro gravíssimo e eu sinto vergonha de ser brasileiro e saber que a polícia brasileira fez isso", disse o instrutor da Swat, Marcos Val, se referindo ao fato de a polícia ter permitido o retorno de uma das reféns ao cativeiro, mesmo depois de libertada.

E você, sente vergonha de quê?

3 comentários:

Anônimo disse...

simplismente enquanto vivermos nessa idade medieval iremos assistir muitos outros espetaculos que nem esse.
Homenagem a Eloá nesse site

www.hackerforce.com.br

Anônimo disse...

Francisco,
tomara que não seja pra sempre!
Obrigado pela visita
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Karin Gusso e Ronan Pierote

Anônimo disse...

ESTOU FELIZ DE OUVIR E VER A INTREVISTA DO MARCOS VAL DA SWAT ,DE QUEM É REPONSAVEL A LEVA-LO PARA FORA DO PAIS E FAZER O QUE FEZ NA VIDA DELE TUDO FOI ATUAÇÃO DO ESPIRITO SANTO DE DEUS, ESTOU FELIZ DELE NÃO SE ENVERGONHAR DE SER CRISTÃO E SIM BRADAR EM QUALQUER LUGAR QUE ELE VAI QUE O ESPIRITO SANTO DE DEUS ESTA NO CONTROLE, PARABENS, O ECEM.COM.BR ESTA ORANDO POR VOCÊ.