sexta-feira, 27 de março de 2009

Vasectomia?


Já era hora de o governo pensar, discutir e tomar decisões a respeito do planejamento familiar no Brasil. Atualmente, são ofertados métodos contraceptivos pelo SUS, mas todo mundo sabe da precariedade e, principalmente, da demora no atendimento público de saúde.

Agora, os planos e seguros de saúde privados vão cobrir as despesas com cirurgias de laqueadura e vasectomia, de acordo com o projeto de lei proposto pela Câmara e aprovado pelo Senado esta semana.

A medida garante não só a eficiência e segurança do serviço de saúde, mas a ampliação do debate a respeito da responsabilidade de colocar mais uma criança no mundo.

É fato que essa responsabilidade ainda recai sobre as mulheres e são elas que escolhem os métodos de contracepção, seja para si próprias, para o parceiro, ou para o casal.

Isso também ajuda a esclarecer dúvidas importantes sobre a vasectomia - um método contraceptivo pouco realizado, talvez por falta de informação ou apenas de oportunidade.


A vasectomia é um procedimento simples, rápido e, em alguns casos, definitivo. É a ligadura dos canais deferentes – por onde os espermatozoides passam até chegar na uretra. A cirurgia é feita com anestesia local e não requer internação.

De acordo com a lei, podem fazer vasectomia homens com mais de 25 anos ou com, pelo menos, dois filhos vivos; ou ainda nos casos em que a gravidez da mulher representa risco de morte para a mesma.

É bom explicar que o corte do canal deferente apenas impede a chegada dos espermatozoides na uretra, retendo-os no testículo. Isso quer dizer que o líquido seminal continua sendo eliminado durante a ejaculação, normalmente, e com o mesmo volume.

A ereção e a potência sexual também continuam as mesmas de antes da cirurgia, afinal os nervos e vasos responsáveis pela ereção não estão envolvidos durante a vasectomia.

Vale lembrar que a cirurgia é reversível, porém o sucesso dessa reversão varia de acordo com cada caso, além de ser mais complexa e delicada. É fundamental que o casal busque orientação médica antes de tomar qualquer decisão, porque só um profissional pode indicar o melhor método.

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