quinta-feira, 12 de março de 2009

Diálise?


Quem lê o título da postagem pode pensar: "mas o correto não seria hemodiálise?". Outros, ainda, poderiam questionar: "não são a mesma coisa?". É muito comum as pessoas acharem que se tratam de sinônimos, mas não são.

Antes de explicar quais as especificidades de cada procedimento, é importante alertar a sociedade de que o número de casos de doença renal tem aumentado muito nos últimos anos.

É possível perceber este aumento tendo como base o número de pacientes que fazem diálise. Entre os anos de 2000 e 2008 esse índice cresceu 84%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

O aumento se deve, principalmente, a maior incidência de hipertensão e diabetes, consequências de hábitos de vida incorretos (má alimentação, ingestão de bebida alcoólica e cigarro, por exemplo).

Atualmente, qualquer paciente que tenha perdido a função renal tem três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim. São eles: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.

A diálise é um procedimento artificial que retira todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. É chamada de peritoneal, quando aproveita a membrana peritoneal, que reveste toda a cavidade abdominal, para filtrar o sangue.


E ganha o nome de hemodiálise, quando se usa uma membrana dialisadora para fazer o mesmo processo. Ou seja, a hemodiálise é um tipo de diálise.

Na diálise peritoneal é introduzido um catéter dentro do abdômen e, através dele, passa uma solução aquosa que permanece por um período até que se realize a filtração, como se fosse o rim. São aquelas bolsas plásticas que alguns pacientes têm penduradas na cintura.

Já na hemodiálise, o paciente tem de fazer uma cirurgia. Os médicos constroem uma fístula - ligação entre uma veia do braço e uma artéria - para aumentar o fluxo de sangue. Em cada sessão, o sangue é retirado pela fístula, passa por um cilindro cheio de capilares para que seja filtrado e, em seguida, volta para o organismo.

Enquanto a diálise peritoneal pode ser feita em casa ou no local de trabalho, já que o processo de troca é feito pelo próprio paciente ou outra pessoa, a hemodiálise deve ser feita em hospitais ou clínicas, por depender da máquina que serve como filtro.

Pacientes que fazem hemodiálise se submetem ao tratamento três vezes por semana, em sessões de três a quatro horas, em média.

Quem decide se será feita diálise ou hemodiálise é o médico, junto com o paciente e sua família, de acordo com as condições de saúde e estilo de vida do paciente.

É importante lembrar que, se a doença renal for diagnosticada precocemente, é possível evitar a evolução para a forma mais grave, aquela em que é necessário tratamento por meio de diálise e transplante de rim.

Exames de urina e creatinina devem ser feitos com frequência, principalmente para quem pertence a grupos de risco, como hipertensos, diabéticos e pessoas com mais de 50 anos.

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