domingo, 29 de março de 2009

TAS?


É muito comum que, em determinado momento da vida, as pessoas se sintam envergonhadas em situações como entrevista de emprego, apresentação de seminário, primeiro encontro, entre outros. Nessa hora, a mão sua, o coração bate mais forte, sente-se um frio na barriga, nó na garganta e, o pior, o rosto fica vermelho.

Dali a pouco esses sintomas desaparecem e tudo volta ao normal; é possível até que se faça piada com a situação. O problema é quando essas experiências se tornam memórias negativas e prejudicam a vida de quem as sente; quando o simples fato de se lembrar dos episódios constrangedores já causa ansiedade e mal-estar.

Para se ter ideia, há casos em que a pessoa não consegue comer em locais públicos, frequentar banheiros coletivos, falar com estranhos, expor um trabalho para o chefe, enfim, levar uma vida normal.

Quando isso acontece estamos diante de um caso mais grave do que apenas timidez. A ansiedade excessiva e contínua é caracterizada como Transtorno de Ansiedade Social (TAS) – um distúrbio em que o indivíduo evita se expor porque teme críticas.


Como consequência, a pessoa desenvolve baixa auto-estima, se sente incapaz, fracassado e se isola do convívio com outras pessoas, com medo de ser humilhada e ridicularizada. Caso precise falar em público, gagueja, transpira, tem “branco”, ou, mais que isso, se recusa a fazê-lo.

Em casos mais graves, o paciente com TAS pode apresentar quadro de depressão ou mesmo abusar de bebidas alcoólicas e drogas.

O tratamento do TAS vai desde a psicoterapia – em que o terapeuta busca conhecer os fatores que levaram a esse comportamento e tenta fazer com que ele se exponha de maneira positiva a eles – até o uso de medicamentos, em geral antidepressivos.

O apoio da família e dos amigos é de fundamental importância, tanto para o diagnóstico do TAS quanto para o sucesso do tratamento.

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