quarta-feira, 18 de março de 2009

SUS?


O drama de quem vivencia a experiência de um câncer, seja ele qual for, é difícil por si só. Some-se a isso as barreiras impostas pelo serviço de saúde que, muitas vezes, obriga o paciente a procurar vários hospitais diferentes para cada estágio da doença.

Operação de tumor em um lugar, quimioterapia em outro, e, pra piorar, fila de espera em todos eles. Esta é a realidade de quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) no país.

Entretanto, no dia 13 de março o Ministério da Saúde publicou uma nova portaria determinando que os hospitais habilitados pelo SUS no atendimento a pacientes com câncer devem, a partir de agora, oferecer tratamento integral.


O SUS foi criado em 1988, pela Constituição Federal, para que toda a população tivesse acesso ao atendimento gratuito. Antes, a assistência médica era de responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), mas somente àqueles que contribuíam com a previdência.

Atualmente, o Brasil conta com 258 instituições habilitadas e sete estados ganharam 11 novos hospitais credenciados. Com a nova portaria, todos os estados, com exceção de Roraima, passam a ter pelo menos um hospital habilitado em oncologia de tratamento integral.

Ainda existem alguns hospitais que oferecem tratamentos isolados - radioterapia, por exemplo -, que terão as habilitações provisórias. Mesmo assim, o Ministério da Saúde determina que a instituição fica responsável pelo paciente, ainda que ele receba o tratamento em outro local conveniado.

Talvez o mais importante ainda não tenha sido discutido, que é a oferta de vagas pelo SUS. Muitos pacientes morrem nas filas, mesmo tendo o diagnóstico da doença. Resta saber até quando.

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