segunda-feira, 23 de março de 2009

ABS?


Que as decisões do governo federal são controversas e, muitas vezes, equivocadas ninguém duvida. O problema é que, em alguns casos, as medidas deixam de ser somente engraçadas e passam a ser preocupantes.

Ainda este ano todos o carros fabricados no país deverão ter um sistema antifurto, além de rastreador. É evidente que estes itens de segurança são importantes para proprietários de veículos, mas e o que dizer, por exemplo, da cadeirinha infantil? O seu uso só será obrigatório a partir do ano que vem.

Mais estranho ainda é o fato de exigirem, somente a partir de 2014, que os carros saiam de fábrica com airbag duplo e freios ABS. Estes itens não seriam mais relevantes no que diz respeito à segurança?

Outro detalhe: a lei que torna o airbag obrigatório já foi sancionada pelo presidente, enquanto a do ABS ainda será discutida. De acordo com especialistas, o freio seria mais importante do que o airbag, porque ele age na prevenção do acidente. E olha que nem é preciso ser especialista pra saber isso.


A sigla ABS, do inglês Anti-lock Braking System, significa Sistema de Freios Antitravamento. Apesar do nome complicado, o ABS tem uma função simples e extremamente eficaz: ele evita o travamento das rodas, em caso de freada brusca.

Em uma situação de emergência, a reação instintiva de quem está ao volante é pisar no freio com toda força, o que, em um carro sem ABS, poderia fazer com que as rodas travassem e o motorista perdesse o controle da direção.

O que o ABS faz é reproduzir a reação de um motorista pisando no freio várias vezes, tentando evitar o travamento das rodas. Só que o ABS realiza esse trabalho muito mais rápido, com maior eficiência e com a diferença de que o motorista mantém o pé no freio o tempo todo.

Com todas essas mudanças - sistema antifurto, rastreador, airbag duplo e freios ABS - há alguma dúvida de que o valor dos automóveis vai aumentar? Somente o ABS custa, atualmente, cerca de R$ 3 mil e, mesmo assim, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) garante que as montadoras terão de fazer mágica, ou seja, incluir os equipamentos sem elevar o preço. Alguém acredita?

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