sexta-feira, 13 de março de 2009

Ponto eletrônico?


O ponto em questão não é aquele usado em programas de televisão, com o qual o diretor se comunica com o apresentador, mas aquele a que quase todos os trabalhadores estão acostumados no dia-a-dia.

Sim, o livro ou folha ponto que muitos assinam quando chegam e saem do serviço, para comprovar que estiveram ali durante o período de trabalho.

Pois é, o ponto, eletrônico neste caso, entrou na roda de discussões em Brasília essa semana, depois de uma reportagem denunciar que, em janeiro, servidores públicos do Senado receberam horas extras, mesmo estando em recesso parlamentar.

Foram pagos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários no mês em que não houve qualquer sessão ou reunião na Casa.

Depois de toda a repercussão, o presidente do Senado, José Sarney, decidiu que a Casa deve adotar o ponto eletrônico (como se isso resolvesse alguma coisa).


Com a medida, o governo espera fiscalizar o pagamento de horas extras aos servidores, além, é claro, de controlar horários e faltas. Os funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU) já utilizam o sistema, por meio de crachá que indica horários de entrada e saída no edifício.

Atualmente, não há como comprovar se os servidores fizeram ou não hora extra. A própria Advocacia Geral do Senado reconheceu que não tem mecanismos para isso. A sociedade tomou conhecimento da prática só agora, com a reportagem da Folha de São Paulo, mas imagine há quanto tempo isso vem sendo feito.

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