sábado, 7 de março de 2009

Excomunhão?


Esta semana, o caso da menina de nove anos que estava grávida de gêmeos ganhou repercussão ainda maior depois que foi realizado o aborto.

O suspeito de ter violentado a menina é o padrasto, de 23 anos, que já está preso. O homem mantinha relações sexuais com a criança há cerca de três anos.

A gravidez foi interrompida porque os médicos consideraram que havia risco de morte para a menina. O aborto foi realizado com base na legislação brasileira, que permite a cirurgia em casos específicos, como este.

A reação da Igreja Católica foi imediata: a mãe da garota e os médicos que participaram do aborto foram excomungados. Já o padrasto da menina, que confessou à polícia que abusava da garota e da irmã mais velha, de 14 anos e com deficiência mental, não recebeu a excomunhão.

Para a igreja, o aborto é um crime mais grave que o estupro.

De acordo com o direito canônico, a excomunhão é a penalidade máxima que a Igreja Católica pode aplicar. Na prática, significa excluir um indivíduo da religião. Entre os castigos a que são submetidos os excomungados está o impedimento de receber os sacramentos, como batismo, eucaristia, crisma e casamento.

Do ponto de vista espiritual, a igreja afirma que o excomungado, quando morrer, não vai para o céu, apesar de não dizer que ele vai para o inferno. (hã?)


Além do aborto, vários outros casos são passíveis de excomunhão, entre eles a agressão física contra o Pontífice, a violação do segredo da confissão e a apostasia, ou seja, a negação da fé.

Resta saber se a Igreja Católica vai esperar 500 anos para se arrepender e pedir perdão por atitudes extremas, como fez com os índios, admitindo que cometeu abusos quando tentou catequizá-los no período colonial.

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