quarta-feira, 5 de novembro de 2008

CNJ?


Já falamos aqui sobre as operações da Polícia Federal (PF), quando elas passaram a ser nomeadas e com que objetivo. Algumas, não se sabe se pelo nome ou pela própria situação, acabam se tornando bastante populares, como a operação Satiagraha, deflagrada este ano.

A notoriedade das operações acabou incomodando a justiça brasileira, que entende a nomeação das ações como sendo "marketing policial". Por isso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem a recomendação que orienta juízes de todo o país a não usar o nome de batismo das operações da PF nos processos judiciais.

A decisão não impede que a polícia continue dando nomes às ações, mas, de certa forma, tenta depreciar o que elas representam. Segundo o presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, o nome da operação pode influenciar negativamente no julgamento de processos.


Tudo isso porque em 2007 a PF deu o nome de "Têmis" (deusa grega da Justiça) à operação que deflagrou uma quadrilha que negociava sentenças judiciais. Para o ministro, o nome atribuído à ação induzia ao entendimento de que todo o Judiciário estaria envolvido no esquema.

O Conselho Nacional de Justiça é o órgão do poder Judiciário brasileiro e foi criado em 2004. Entre as atribuições do CNJ estão a expedição de atos normativos e recomendações, o recebimento de reclamações contra membros ou órgãos do Judiciário, o julgamento de processos disciplinares, entre outros.

A recomendação, como o próprio nome sugere, não tem peso de ordem, mas apenas de conselho, orientação. Entretanto, é curioso notar como o Judiciário tem perdido tempo com questões menores, como esta. O mesmo ministro, Gilmar Mendes, também é responsável pela medida que restringe o uso de algemas pela polícia. Qual será a próxima?

3 comentários:

Unknown disse...

Oi Ro, realmente mto boa a matéria, vc tem o dom das palavras, neh amigo?! ai nao tem jeito, basta apenas acender uma velinha para dar tudo certo e te digo mais vai dar tudo certo p vc sim.
alem de um amigao vc é um otimo jornalista, parabens!
te adoroooo
beijos p vc e p karin tbm
Juh

Anônimo disse...

realmente é uma coisa menor pra o judiciário ficar se preocupando, faz favor. e eu sempre achei interessante os nomes da operaçoes e os porquês dos nomes. às vezes a TV se dava ao trabalho de explicar e agora que nao vejo tv, mas creio no google, fica ainda mais fácil. e essa justificativa pra "desrecomendar" o batismo da operaçoes é ridicula! quantos brasileiros sabe que é Têmis? E os juízes seriam influenciados negativamente? eles nao trabalham com provas?

Anônimo disse...

Juh,
vai dar tudo certo sim, e vai dar certo pra nós...em todos os sentidos. Obrigado pelas palavras e a recíproca é verdadeira.
Beijos meus e da Karin
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Daniela,
eu continuo acreditando que existem desculpas demais e trabalho de menos. Além disso, parece que a carapuça está servindo.
Obrigado pela visita e volte sempre.
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Karin Gusso e Ronan Pierote