segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Esterilização?


É difícil resistir aos encantos de um filhote. Mesmo as pessoas que não têm muita afeição por animais, acabam comprando ou aceitando uma doação. Às vezes, apenas por empolgação do momento, esquecendo-se de que o animal vai crescer, trazer despesas e, se tudo correr bem, viver por longos anos.

Outras vezes, porque acabam sendo convencidas pelas crianças, que querem um animal de estimação. Mas, depois de algum tempo, o filhote deixa de ser somente "bonitinho" e começa a fazer bagunça, comer mais, ficar doente, enfim, cuidados que muitos proprietários não estão dispostos a ter.

O resultado pode ser visto nas ruas de pequenas e grandes cidades, na forma de abandono. Estes cães e gatos descartados pelos donos acabam se reproduzindo e aumentando ainda mais a população de animais de rua. Sem contar que vagam com fome e sede, são vítimas de doenças e, muitas vezes, maus-tratos.

Apesar de muitas entidades desenvolverem um importante trabalho no cuidado destes animais, como as Sociedades Protetoras, Organizações Não-Governamentais (ONGs), prefeituras, entre outros, muitos acabam sendo sacrificados. Somente na cidade de São Paulo, cerca de 20 mil animais capturados pela carrocinha são exterminados a cada ano.


Um meio de evitar a superpopulação de animais de rua é a esterilização. Uma forma simples e eficaz, que consiste na retirada do útero e de ovários - no caso de fêmeas - e dos testículos – quando se trata de machos.

A cirurgia é realizada sob anestesia geral e deve ser feita por um médico veterinário. O procedimento pode ser adotado em qualquer idade, porém é recomendado ainda no primeiro ano de vida do animal.

A recuperação é rápida e os preços variam de acordo com a clínica veterinária. Há veterinários que cobram apenas o custo e ONGs que fazem campanhas de castração a preços acessíveis.

É evidente que apenas a esterilização não resolve o problema de animais abandonados. É preciso que as pessoas se conscientizem de que criar um cão ou gato exige responsabilidade.

Mitos

Não há nenhuma evidência científica de que uma fêmea deve ter ao menos uma cria e que um macho deve cruzar, pelo menos uma vez.

A esterilização não altera a personalidade do animal, não afeta o seu instinto natural de proteção, nem modifica seu comportamento.

O sobrepeso só vai ocorrer se houver aumento da quantidade de comida, portanto este não é um argumento para evitar a esterilização.

Curiosidades

Uma cadela e seus descendentes podem gerar, em 6 anos, 73.000 cãezinhos; e uma gata com vida reprodutiva pode deixar até 240.000 gatinhos.

Após seis meses, tanto os machos quanto as fêmeas estão aptos à reprodução. Cada fêmea canina pode ter dois partos por ano (aproximadamente 16 filhotes por ano). Cada fêmea felina pode ter até três partos por ano (aproximadamente 15 filhotes por ano).

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