sábado, 15 de novembro de 2008

Eutanásia?


Esta semana o caso de uma italiana, que há 17 anos se encontra em estado vegetativo, chamou a atenção do mundo para a discussão sobre a eutanásia.

Eluana Englaro, de 37 anos, está em coma irreversível e vai deixar de ser alimentada, graças à autorização da Suprema Corte da Itália.

O caso serve para ilustrar as confusões que o tema pode gerar. Muitos podem afirmar que o caso de Eluana não seria eutanásia, afinal não houve pedido da paciente para que sua vida fosse interrompida. Mas a prática da eutanásia tem características específicas, que devem ser consideradas.


A palavra eutanásia, de origem grega, é constituída das palavras "eu", que significa boa, e "thanatos", que quer dizer morte, ou seja, “boa morte”.

A eutanásia é uma prática médica em que o paciente tem a morte abreviada, por meio da aplicação de medicamento. Segundo médicos não há dor física ou sofrimento. Ela é classificada quanto ao tipo e ao consentimento.

Quanto ao tipo de ação:

Ativa - quando é provocada por fins misericordiosos;

Passiva ou indireta - ocorre em quadro terminal, ou porque não se inicia ação médica ou por interrupção de uma medida, para diminuir o sofrimento;

De duplo efeito - a morte é acelerada como conseqüência indireta de ações médicas.

Quanto ao consentimento:

Voluntária - quando é atendido o pedido do paciente;

Involuntária - quando é provocada contra a vontade do enfermo;

Não-voluntária - quando o paciente não manifesta sua posição.

No Brasil a eutanásia é considerada crime e o autor responde por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. Já na Holanda, onde a prática é legalizada, o paciente recebe uma injeção letal de cloreto de potássio.

Como em toda discussão a respeito da vida, há os que se posicionam contra e os que se colocam a favor. Sem uma resposta conclusiva sobre o assunto, resta aos médicos, familiares e responsáveis, em conjunto, avaliar as razões e argumentos, antes de qualquer decisão.

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