segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Colégio eleitoral?


O Brasil se orgulha do atual sistema eleitoral em que, poucas horas após a votação, o representante pelos próximos quatro anos é conhecido.

Sejam vereadores, prefeitos, deputados, senadores ou presidentes, a votação eletrônica permitiu a agilidade no processo eleitoral.

A segurança das urnas eletrônicas é garantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que afirma não haver qualquer possibilidade de fraude, embora haja controvérsias.

O fato é que no Brasil não há muito segredo quanto à definição do governante eleito. No caso de prefeitos, governadores e presidentes ganha quem tiver mais da metade dos votos válidos (no qual são excluídos brancos e nulos). Se nenhum dos candidatos atingir 50%, é realizado segundo turno com os dois candidatos mais votados.


Já nos Estados Unidos as eleições não são tão simples assim. Para começar são escolhidos pré-candidatos, ainda no começo do ano. A partir daí, o partido define quem será o candidato na disputa presidencial, assim como o candidato a vice na mesma chapa.

No dia das eleições as pessoas também vão às urnas, do mesmo modo como acontece aqui, mas a eleição não é decidida com o resultado desta votação. A explicação é um tanto complexa e cheia de artifícios, mas pode ser resumida.

A votação que termina amanhã vai determinar qual dos candidatos - Barack Obama e John McCain - conquistou a maioria dos eleitores. Não que estes sejam votos perdidos, mas a decisão só virá mais tarde, por meio do colégio eleitoral. Ele é quem vai decidir, de fato, quem será o próximo presidente. De acordo com a constituição norte-americana, a votação indireta garante a participação de todos os estados, sem distinção.

Formação

O colégio eleitoral é formado por 538 delegados, de todos os estados americanos, proporcional à sua população, ou seja, quanto maior o número de habitantes, mais peso o estado exerce na contagem dos votos.

Estes delegados são escolhidos pelo voto popular e vão representar os eleitores daquele estado. Eles podem votar de acordo com a vontade da maioria da população de seu estado, mas não obrigados a fazer isso.

Condição

Para ser eleito, o candidato a presidente precisa de no mínimo 270 votos destes representantes. A votação dos delegados do colégio eleitoral acontece no dia 15 de dezembro e o anúncio oficial do candidato eleito, em 6 de janeiro de 2009. O presidente escolhido toma posse no dia 20 de janeiro.

Contudo, nem sempre a quantidade de votos é suficiente para eleger o presidente. Foi o que aconteceu em 2000, quando o candidato Al Gore teve 300 mil votos a mais do que George Bush e, ainda assim, perdeu as eleições.

Outra curiosidade é quanto à organização das votações. Enquanto no Brasil todos vãos às urnas em data e horário específicos, nos Estados Unidos quem decide a melhor maneira são os estados. A votação, neste ano, tem o prazo final estabelecido no dia 4 de novembro, mas começaram com um mês de antecedência.

Além disso, muitos eleitores votam pelo correio. É mais uma forma de incentivo, afinal nos Estados Unidos o voto é facultativo.


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