quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Lassa?


Vimos, nos últimos anos, o surgimento de várias doenças como a gripe aviária, mal da vaca louca, enfim, tantas que já nem estranhamos mais quando um novo vírus ou bactéria é noticiado.

Entretanto existe um vírus, responsável pela morte de aproximadamente cinco mil pessoas por ano, que é desconhecido da maioria dos brasileiros: o Lassa.

O vírus provoca a febre de Lassa e ganhou este nome porque foi descrito pela primeira vez na cidade de Lassa, na Nigéria.

Em países africanos, a febre de Lassa é uma doença endêmica, que afeta entre 200 e 500 mil pessoas anualmente. Ela atinge homens e mulheres em todas as idades, principalmente na África Ocidental.


É uma febre hemorrágica, cujo vírus é hospedado por roedores, principais responsáveis pela transmissão aos seres humanos, por meio do contato com suas fezes ou urina.

Esses roedores normalmente se encontram em ambientes rurais, afastados dos centros urbanos, onde proliferam em condições pouco higiênicas. Menos comum, a transmissão também pode acontecer entre pessoas.

A doença se caracteriza pela febre – daí o nome –, dores musculares, torácica, abdominal, na garganta, náusea, vômito e hemorragias. Derrames também são comuns e nos casos mais graves ocorrem hipotensão e convulsões. Normalmente requer um isolamento rigoroso do paciente.

O tempo de incubação da febre de Lassa varia entre cinco e 16 dias. Cerca de 15% das pessoas com a doença morrem, mas aproximadamente 80% das infecções com Lassa são suaves e comuns.

A medida mais viável para o controle do vírus é a vacinação. Alguns casos isolados já foram registrados na Europa e nos Estados Unidos, mas entre os africanos, mais de cem mil pessoas já morreram infectadas pelo Lassa. Em 1997, Serra Leoa foi atingida pela pior epidemia da doença até então registrada.

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