terça-feira, 7 de outubro de 2008

Circuit breaker?


Você está tomando banho, sua mãe passando roupa, seu pai no computador e seu irmão resolve ligar o microondas. De repente todos estão no escuro e você, ainda por cima, debaixo de água fria. Essa situação aconteceu porque houve uma sobrecarga de energia na sua casa. Para que isso não provocasse um incêndio o disjuntor foi acionado, evitando um curto-circuito.

O disjuntor é o dispositivo que protege a instalação elétrica e entra em funcionamento toda vez que ocorre um problema desse tipo. O mesmo acontece com as bolsas de valores. Elas são equipadas com um dispositivo semelhante, o circuit breaker, que nada mais é que o disjuntor acionado em casos de emergência.

Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) o mecanismo foi acionado duas vezes ontem, acompanhando a queda nas bolsas mundiais. Esta é a terceira vez na história que isso acontece, ou seja, que o circuit breaker é acionado duas vezes no mesmo dia. A primeira vez foi em 28 de outubro de 1997 e a segunda, em 10 de setembro de 1998.

O circuit breaker é um instrumento que paralisa os negócios nos mercados, por 30 minutos, assim que a queda do Índice Bovespa (Ibovespa) atinge 10%. Se a queda persistir e chegar a 15%, após a retomada do pregão, a interrupção ocorre novamente, desta vez por uma hora.


A medida tem como objetivo acalmar os ânimos do mercado e protegê-lo de movimentos muito bruscos. Tudo isso acontece no momento em que os Estados Unidos vivem uma crise financeira, cuja origem está no mercado imobiliário, mais especificamente no segmento de crédito subprime.

O governo brasileiro, que num primeiro momento negou a existência da crise e que ela pudesse atingir o país, começa a se mexer adotando medida provisória que autoriza o Banco Central a utilizar dinheiro das reservas internacionais e aumentar linha de financiamento.

Bom mesmo seria se houvesse um circuit breaker para interromper as bobagens que têm sido ditas sobre a crise financeira. Neste momento aparecem especialistas de todas as áreas, principalmente integrantes do governo, apontando caminhos, soluções e pior, fazendo previsões toscas sobre o futuro da economia mundial.


2 comentários:

João Carlos Simionato disse...

Nossa!! Precisa pegar pesado desse modo no final do texto,,,rrsrs Afinal nem governo, nem especialistas, sabem ao certo oq esta por vir, nesta crise financeira internacional, e de que modo ira afetar a nossa economia brasileira. O mercado esta irracional, pessimista. Por isso a fuga de capital da bolsa paulista, queda no preço dos ativos e elevação do dólar.
Abraços

Anônimo disse...

João Carlos,
É justamente por não saber o que vai acontecer que os "especialistas" deveriam tomar cuidado com as especulações. Só quero ver quando a marolinha se transformar em tsunami.
Abraço,
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Ronan Pierote