quinta-feira, 9 de outubro de 2008

DTM?


Se alguém sofre constantemente com dores de cabeça, de ouvido, no pescoço, não consegue abrir ou fechar a boca com facilidade, é importante verificar se não está desenvolvendo uma DTM.

A disfunção ou desordem temporo-mandibular (DTM) é basicamente uma doença resultante do mau funcionamento da articulação temporo-mandibular (ATM). Essa articulação é localizada na frente dos ouvidos e liga o maxilar ao crânio. Alem disso, é responsável por todos os movimentos mandibulares como abrir e fechar a boca, mastigar, engolir, falar, entre outros.

A DTM pode se manifestar de inúmeras maneiras; as mais comuns são através de dores de cabeça, ouvido, cansaço dos músculos da mastigação, torcicolos, braços doloridos, dificuldade e travamento ao abrir e fechar a boca, ruídos articulares (estalos), zumbidos, tonturas, inchaços na face ao lado da boca, desgaste nos dentes.

Ocorre que com a existência de muitos sintomas semelhantes a diferentes doenças, as pessoas buscam profissionais de diversas áreas como otorrinolaringologistas, neurologistas, ortopedistas, etc. e devido a isso poucos casos de DTM são diagnosticados e tratados corretamente.


Qualquer pessoa pode desenvolver uma DTM ao praticar simples hábitos, como roer unhas, mascar chicletes, dormir com travesseiro muito alto ou muito baixo. Outros hábitos comuns podem ser a causa, como mastigar de um lado só, morder alimentos duros, ficar por muito tempo com a mão apoiada no queixo, bruxismo (hábito de ranger os dentes involuntariamente durante o sono), briquismo (hábito de apertar os dentes durante o dia) e má-postura.

Pessoas com próteses ou qualquer alteração dentária - como um dente torto, mordida inadequada - são propensas a desenvolver uma DTM. Assim como quem apresenta fatores relacionados com o estresse, depressão e ansiedade. Igualmente como quem sofre de doenças reumáticas como artrite reumatóide, fibromialgia, osteoartrose.

A doença pode aparecer, ainda, devido a traumatismo na cabeça ou pescoço, em caso de acidente de trânsito. Alguns procedimentos, como uma cirurgia bucal prolongada, intubação orotraqueal (anestesia geral), também são responsáveis por casos de DTM.

Diagnóstico

É baseado em diferentes avaliações, testando a amplitude dos movimentos mandibulares, auscultando os ruídos articulares, examinando o engrenamento dos dentes, apalpando as articulações como também os músculos da face e cabeça. São feitas perguntas ao paciente em busca de informações sobre os sintomas, traumas, hábitos orais, tratamentos médicos e dentais prévios. Em alguns casos são realizados exames como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, atrotomografia, eletromiografia dos músculos da mastigação.

Vale lembrar que é importante que a evolução dento facial seja acompanhada desde cedo, assim é possível interceder e prevenir futuros problemas.

Tratamento

Existem diversos tipos de tratamentos. O tratamento odontológico visa, inicialmente, aliviar a dor e relaxar a musculatura facial colocando uma placa para reposicionar a mandíbula. Os tratamentos fisioterápicos são feitos com placas estabilizadoras, que podem ser de acrílico (dura) ou de silicone (mole), cada uma com sua aplicação específica, exercícios, aparelhos eletrônicos, que promovem o relaxamento muscular e redução de sintomas. Também são realizados tratamentos cirúrgicos, psicológicos e fonoaudiólogos. Em alguns casos é necessária uma relação interdisciplinar, com profissionais de diversas áreas da saúde.

Para melhorar a condição do paciente podem ser receitados alguns medicamentos, dietas específicas e técnicas de relaxamento. Assim como os tratamentos citados acima, é importante eliminar os hábitos e vícios parafuncionais e profissionais existentes e manter uma vida saudável.

Em casa, algumas atitudes podem ser tomadas quando aparece uma DTM. Bolsa, garrafa de água quente ou uma toalha morna embrulhada ao redor do rosto reduz a inflamação. Gelo, por no máximo 10 minutos para não danificar a pele, tem o mesmo efeito que o calor e aumenta o fluxo de sangue, promovendo o relaxamento muscular. É bom dar preferência a alimentos macios, nem muito quentes nem frios demais. Isso permite que a mandíbula e músculos vizinhos descansem.


Um comentário:

Vanessa Gonçalves disse...

O ronan preciso falar com vc.. da pra vc me ligar aqui no jornal? 33388285

bjos vanessa