sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Inpe?


Desmatamento da Amazônia cai em setembro. Este é o tipo de manchete que preocupa. Por um lado nos faz acreditar em avanços no que diz respeito à fiscalização e combate ao desmatamento (dúvidas, muitas dúvidas).

Em contrapartida, soa falso, dá impressão de discurso governista. Pior que isso, passa a idéia de que as coisas estão melhorando, mas, definitivamente, não estão.

A enorme queda a que se referem é de 169 quilômetros quadrados. O desmatamento, que em agosto foi de 756 km², caiu para 587 km², área equivalente a praticamente um terço da cidade de São Paulo.

Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) com base em números do sistema de detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).


Criado em 1961, ainda com o nome de Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais, o Inpe tem como objetivo executar estudos e pesquisas científicas nos campos da Ciência Espacial e da Atmosfera, da Meteorologia, Engenharia e Tecnologia Espacial.

Na prática são os lançamentos de balões meteorológicos, montagens e testes de satélites, estudos climáticos, observações astronômicas, entre outros. Além disso, o instituto promove cursos de mestrado e doutorado em diversas áreas como, por exemplo, astrofísica e meteorologia.

Números

Voltando à questão do desmatamento o estado campeão em devastação é o Mato Grosso, que só este ano desflorestou 3.247 km², seguido pelo Pará, com 1.679,7 km², e Roraima, com 469,6 km².

Nos últimos 12 meses a devastação da Amazônia totalizou 8.657 km². Muitas ações devem ser realizadas até que se possa falar em diminuição do desmatamento. A Floresta Amazônica ainda respira com a ajuda de aparelhos.

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