quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cálculo renal?


Conhecido como pedra no rim, urolitíase, calculose urinária ou nefrolitíase, o cálculo renal tem como principal característica a intensidade da dor que causa. Tem maior ocorrência em pessoas com idade entre 20 e 45 anos e é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres. É bastante habitual entre a população e apresenta uma grande taxa de recorrência.


Pode ser considerado como uma massa de cristais que se separam da urina e se juntam formando pedras. Em condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais. Entretanto, elas podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos.

Eles existem em tamanhos e formatos variados, alguns são do tamanho de um grão de areia, outros podem chegar ao tamanho de uma laranja. Muitas vezes, o rim produz pedras microscópicas que são expelidas através da urina sem causar dor. Cerca de 80% dos cálculos são eliminados espontaneamente.


Tipos de cálculos

Existem diferentes tipos de cálculo renal e o mais comum é o que contém cálcio, oxalato ou fosfato. Ele representa cerca de 85% dos cálculos renais. Menos comum é o chamado estruvita ou cálculo infeccioso, causado pela infecção urinária, que pode ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, levando a grandes danos renais. Ainda mais raros são os cálculos de ácido úrico que decorrem do excesso de ácido úrico no sangue ou na urina, esses compreendem em torno de 10% dos cálculos renais.

Causas

Diferentes causas são apontadas. Uma pessoa pode ser mais propensa a desenvolver cálculos por uma predisposição genética ou distúrbios, como gota. Outras possibilidades são infecções urinárias, problemas renais e metabólicos, mau funcionamento ou obstrução do sistema urinário.

Também são indicados como causas vários fatores relacionados à alimentação. O principal deles é a baixa ingestão de líquidos. Assim como uma dieta composta de muitos produtos ricos em cálcio, como leite, iogurtes e queijos; consumo excessivo de sal e carne vermelha.

O uso incorreto de medicações ou mesmo a ingestão de certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina.

Sintomas

O primeiro sintoma que normalmente aparece é uma forte dor abdominal que começa de uma hora para outra. A pessoa fica inquieta e não encontra uma posição que alivie a dor, que mais tarde, pode chegar até a virilha. Quase sempre as dores vêm acompanhadas de náuseas, vômitos, palpitações e sudorese.

Também ocorre o aumento da freqüência urinária, vontade forte e imediata de urinar e dor ou ardência ao urinar. Se aparecer febre e calafrios pode ser um indício de que existe uma infecção.

Diagnóstico

Na maioria das vezes, cálculos renais são encontrados em radiografias ou ultra-sonografias.
Exames de urina ajudam a identificar algumas anormalidades como sangue ou cristais na urina que podem indicar a formação de cálculos. Esses métodos oferecem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras.

Tratamento

Quando se tem uma crise dolorosa o tratamento deve ser imediato, são utilizados analgésicos para aliviar a dor. Cálculos menores que cinco milímetros, em sua maioria, são eliminados espontaneamente.

Para cálculos grandes, múltiplos, maiores de dois centímetros, entre outros, é indicada a nefrolitotomia percutânea, na qual um instrumento é introduzido pela pele e chega até o cálculo fragmentando-o.

A última medida a ser tomada é a cirurgia aberta que, em alguns casos, é emergencial. É raramente indicada, em cerca de apenas 5% dos casos, devido a disponibilidade de diversos métodos pouco invasivos.

Prevenção

Na maioria dos casos um médico é procurado somente quando o indivíduo já está com dores. Um simples e fundamental fator para prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de líquidos, principalmente água, no mínimo dois litros por dia.

Para quem tem propensão a formar cálculos renais existem alimentos contra-indicados como algumas proteínas e o sal. Se forem cálculos de cálcio, é indicada a redução da ingestão de alimentos como chocolate, café, nozes, beterraba, espinafre, morango, chá. Estudos indicam que refrigerantes ricos em fosfato, tomados todos os dias, também favorecem a formação de cálculos.

É importante que medidas preventivas sejam adotadas, pois, em cinco anos, a probabilidade de reincidência é de 50% a 100%.

2 comentários:

Vanessa Gonçalves disse...

Meu irmão quase morreu de dor quando teve pedra no rim.. na hora de sair! ;\

Anônimo disse...

Kátia Flávia,
dizem que é uma das dores mais fortes que alguém pode sentir...
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Ronan Pierote