segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Leasing?


Tem gente que guarda dinheiro com a intenção de comprar um carro ou, quem sabe, uma casa. Outros não conseguem fazer economia e acabam gastando o que sobra do salário. Tem gente que deixa o dinheiro na poupança, enquanto outros resolvem investir.

A verdade é que os brasileiros, nos últimos anos, têm consumido como nunca. Facilidades de crédito são as principais tentações, aliadas ao crescimento da economia e o aumento no poder de compra das camadas mais populares.

No meio de tantas opções, como decidir entre financiamento, consórcio e leasing? Os dois primeiros são mais conhecidos, no entanto nunca é demais relembrar os conceitos. Financiamento é um empréstimo de valor, feito geralmente por bancos ou financeiras, sobre o qual é cobrada uma porcentagem de juros.


Já o consórcio é um grupo de pessoas que se une para pagar um valor mensal e adquirir um bem. Pode haver a antecipação do recebimento quando há um lance ou nos sorteios. A vantagem nesse caso é a taxa de juros, quase inexistente.

Mas e o leasing, não seria considerado um financiamento? Muitas empresas colocam o leasing como uma forma de financiamento, mas, na prática, ele está mais próximo de um aluguel. Aliás, a tradução da palavra leasing, do inglês, seria esta mesma, arrendamento, aluguel. O leasing é um contrato pelo qual uma pessoa adquire um bem - um carro, por exemplo - que não está em seu nome.

Ele paga um valor mensal por um período predeterminado e tem, ao final do contrato, a opção de comprar o bem, renovar o contrato ou devolvê-lo. A vantagem, em relação ao financiamento, é a taxa de juros, que pode ser mais baixa.

Existem, basicamente, três tipos de leasing:

• Leasing operacional - nesse caso o banco - ou proprietário - é responsável por custos de manutenção do bem e pode desistir do negócio depois de 90 dias, mediante aviso prévio.
• Leasing financeiro - é o mais parecido com o aluguel; a diferença é que no final o contratante pode comprar o bem, por um preço já acordado.
• Leasing back - é como se fosse um refinanciamento; a empresa, precisando de dinheiro, vende seus bens e os aluga de volta, com a opção de compra no final do contrato.

Uma outra vantagem do leasing, e que tem atraído cada vez mais consumidores, é a isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que é cobrado em financiamentos comuns. Atualmente, quase 40% dos veículos adquiridos no país são feitos por meio deste tipo de negociação. No primeiro semestre deste ano o leasing superou o pagamento à vista (34%), o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), com 25%, e o consórcio (3%).

Engana-se quem pensa que empresas são as principais responsáveis pela contratação do leasing. Levantamento da ABEL (Associação Brasileira das Entidades de Leasing) afirma que 65,8% das operações globais de leasing são feitas por pessoas físicas, enquanto 8,6% foram para o setor de serviços, 7,8% para a indústria e 1,1% para o comércio.

Não há como afirmar qual é o modelo ideal, afinal cada um deve decidir pelo modo de compra mais conveniente ao seu bolso. A dica, em todos os casos, é tomar conhecimento das regras, cláusulas, vantagens e desvantagens de cada contrato. E boa compra.

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