quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Células-tronco?



O que pessoas com esclerose múltipla, diabetes, distrofia muscular ou insuficiência cardíaca têm em comum? Aparentemente essas doenças não têm qualquer correlação, mas a cura para elas pode ter a mesma origem: as células-tronco.

Esta semana cientistas brasileiros divulgaram um avanço histórico no estudo com células-tronco. O país acaba de produzir a primeira linhagem de células-tronco embrionárias feita totalmente em território nacional. Antes era preciso importar linhagens congeladas de laboratórios estrangeiros.

O resultado significa que os pesquisadores conseguiram remover células-tronco de um embrião e fazer com que essas células se multiplicassem. A polêmica em torno das pesquisas e do uso dessas células acontece, principalmente, porque, para a obtenção é preciso destruir o embrião.


Por esse motivo, atualmente são utilizadas células-tronco adultas, retiradas de tecidos do organismo, como a medula óssea. De forma simplificada se pode explicar o que são e para que servem as células-tronco.

São células primitivas, produzidas durante o desenvolvimento do organismo, capazes de se dividir dando origem a células semelhantes
. Existem vários tipos de células-tronco:

Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias;
Pluripotentes
: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos;

Oligopotentes
: podem produzir células dentro de uma única linhagem;

Multipotentes
: podem produzir células de várias linhagens;

Unipotentes
: produzem somente um único tipo celular maduro.


As células-tronco se dividem em embrionárias e adultas. Como o próprio nome sugere as embrionárias são encontradas no embrião humano, enquanto as adultas estão presentes em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, entre outros.

As células-tronco já são utilizadas em tratamentos de pacientes com leucemia, mal de Chagas, diabetes e anemia falciforme. O avanço das pesquisas pode viabilizar o uso para o tratamento de doenças, como o Mal de Parkinson, Alzheimer, traumatismo da medula espinhal, infarto, queimaduras, doenças do coração, osteoartrite, entre outras.

O grande diferencial das células-tronco embrionárias é o fato de elas serem pluripotentes (capazes de se converter em uma série de tecidos diferentes).

Países como África do Sul, China, Cingapura, Coréia do Sul, Israel, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia estão entre os que permitem a pesquisa e uso de células-tronco embrionárias.

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