domingo, 21 de setembro de 2008

OGM?


Muita gente ainda tem receio quando ouve a palavra "transgênico". A reação é ainda pior quando se fala em Organismos Geneticamente Modificados (OGM), principalmente porque se sabe pouco sobre eles. Não se tem certeza, até o momento, dos benefícios que alimentos produzidos a partir dessas técnicas podem trazer ao ser humano e, o pior, se existem prejuízos à saúde.

Entre brigas e polêmicas, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou a liberação comercial de mais quatro variedades de OGM no país. Duas de milho, uma de algodão e uma vacina animal. Antes disso, o Brasil havia permitido o plantio de soja, em 1997, de algodão, em 2000 e de milho transgênico, este ano.

Os OGM são organismos manipulados, que possuem alteração no material genético, isto é, em sua seqüência de DNA. Com a modificação ele adquire características de um outro organismo (bactéria ou fungo, por exemplo), tornando-se mais resistente. Tudo isso é possível por meio de técnicas da Engenharia Genética.


Há quem diga que os OGM poderiam contribuir para o aparecimento de alguns tipos de câncer, alergias e, ainda, para o aumento da resistência contra agrotóxicos. Por enquanto são somente suspeitas, mas o fato é que alguns países desenvolvidos, como os da Europa, ainda rejeitam alimentos transgênicos e proíbem plantações, enquanto os Estados Unidos figuram entre os maiores países produtores de OGM.

Já os defensores dos transgênicos argumentam que esses alimentos, ou melhor, as sementes deles são mais resistentes à pragas e insetos, têm melhor adaptação climática e, dependendo da modificação, podem inclusive auxiliar no combate à doenças. O apelo desses produtores mexe também no bolso do consumidor, afinal o preço cai quando há redução dos agrotóxicos e de perdas na lavoura.

História

Os primeiros alimentos transgênicos foram produzidos na década de 1980, nos Estados Unidos e França. Milho, soja e algodão foram a principais culturas testadas, e a resistência a agrotóxicos e insetos eram os principais objetivos dos pesquisadores. Já na década de 1990 mais de 40 países se lançaram na pesquisa de alimentos transgênicos, entre eles o Brasil.

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