domingo, 7 de setembro de 2008

IPCC?



Terremotos, furacões, tsunamis. Estes e outros fenômenos climáticos têm acontecido com cada vez mais freqüência nos últimos anos.

Se antes existia uma suposição de que as ações humanas poderiam ter influência sobre esse processo, hoje há certeza de que o homem é o maior responsável pelas mudanças no clima, por meio da emissão de gases, como o dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4), que causam o efeito estufa.

O aquecimento global é tema recorrente e está no centro das discussões quando se fala, não só em meio ambiente, mas, principalmente, em futuro.

Responsável pelo estudo dos fenômenos climáticos e pela elaboração de um relatório sobre o aquecimento do planeta, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) ficou bastante conhecido no ano passado por dividir o prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore.


Preocupada em manter e incentivar as pesquisas, a instituição acaba de anunciar a doação do dinheiro ganho com o prêmio para cientistas de países pobres.

História

O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi criado em 1988. Desde então, publica relatórios que avaliam o problema e as conseqüências da mudança do clima no mundo.

Em 2007, foi divulgado o conteúdo do quarto relatório, publicado em quatro etapas e produzido por três grupos de trabalho. O primeiro grupo, responsável pelo primeiro capítulo, aponta evidências de que o homem é o culpado pela alteração do clima.

O segundo diz respeito às conseqüências dessa mudança para o meio ambiente e para a saúde do homem. O terceiro trata das maneiras de combater a transformação climática e o quarto faz uma análise das etapas anteriores.

O IPCC não faz pesquisas científicas, apenas avalia as investigações que já existem. O grau de certeza de que o homem é o maior responsável pelo aquecimento do planeta subiu de 66%, em 2001, para mais de 90%, em 2007. Por esse motivo o órgão se tornou tão conhecido e gerou tanta repercussão.

Futuro

De acordo com as estimativas do IPCC para o futuro, a temperatura da Terra pode subir até 4ºC até o fim do século; isso significa o aumento da intensidade e quantidade de tufões e secas.

Até 2100, o derretimento das calotas polares pode fazer com que os oceanos se elevem entre 18 e 58 cm; o efeito seria o desaparecimento de pequenas ilhas, obrigando a população a deixar o local. No Brasil, o IPCC alerta que parte da Amazônia pode vir a se tornar savana e, até 2080, entre 10 e 25% da floresta pode desaparecer.






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