quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Arrasa-bunkers?


A linha do tempo que traça a história da humanidade é, invariavelmente, marcada por guerras e conflitos. Aliás, são estes confrontos que determinam o fim ou o início de novas eras, novos períodos. E a cada combate surgem armamentos mais sofisticados, modernos e, conseqüentemente, com maior poder de destruição.

Com essa intenção foram criadas as bombas arrasa-bunkers. Os bunkers são instalações subterrâneas, na maioria das vezes militares, que foram construídas para desafiar ataques, sendo difíceis de encontrar e de atacar. Neles funcionam centros de comando, depósitos de munição e laboratórios de pesquisa que têm importância estratégica em uma guerra.

A Força Aérea Americana (USAF, do inglês United States Air Force) vem desenvolvendo várias armas para atacar esses “esconderijos” subterrâneos. As bombas arrasa-bunkers são pequenas, mas penetram profundamente no solo ou atravessam concreto reforçado, e só depois explodem. Capazes de entrar nesses bunkers, elas possibilitaram atingir e destruir instalações que teriam sido impossíveis de se atacar de outra forma.


Existem diferentes tipos de arrasa-bunkers. Um protótipo criado pela Força Aérea Americana, na Guerra do Golfo, tinha como características cerca de 295 kg do explosivo tritonal dentro de um envoltório de aço. O tritonal é uma mistura de 80% de TNT (Trinitrotolueno) e 20 % de pó de alumínio. Na frente foi conectado um equipamento de orientação por laser para direcionar a bomba.


Conhecida como GBU-28 ou BLU-113, a bomba final, tem 5,8 metros de comprimento, 36,8 centímetros de diâmetro e pesa 1.996 kg. Essas bombas têm um tubo extremamente forte, mas estreito se comparado à sua carga, muito pesada.

Em uma missão, os serviços de inteligência ou imagens aéreas de satélite localizam o bunker. A partir daí a bomba é liberada de um avião, para que chegue ainda mais rápido ao alvo. Antigamente a GBU-28 era abrigada dentro de um detonador (FMU-143), para fazer com que ela explodisse somente após a penetração, e não no impacto.

Também já foram realizadas diversas pesquisas com detonadores inteligentes, conhecidos como HTSF, que conseguem detectar o que está acontecendo durante a penetração e explodir no momento correto. Mesmo com a existência dessas bombas, projetistas querem criar arrasa-bunkers que penetrem ainda mais profundamente. É mais fácil do que criar um caminho para a paz.




Nenhum comentário: