domingo, 28 de setembro de 2008

Cingapura?


É hoje. Essa é a primeira vez na história que pilotos da Fórmula 1 correm à noite e no inédito circuito de Cingapura. Aliás, inédito também é o sistema de iluminação preparado para a ocasião, com holofotes espalhados por toda a pista e 12 geradores, para garantir a segurança em caso de blecaute.

Outro diferencial do Grande Prêmio de Cingapura é que, assim como em Mônaco, o circuito é na rua. Pouco mais de cinco quilômetros é o trajeto que os pilotos devem percorrer em velocidades próximas de 300 km/h.

Mas por que Cingapura? E por que à noite? Tanto o país como a cidade de Cingapura, homônimos, têm crescido a uma velocidade impressionante nos últimos anos. Cingapura é uma pequena ilha do sudeste asiático, conhecida pela exportação de produtos e tem um dos portos mais movimentados do mundo. E, junto com o progresso, chegam investimentos e interesses comerciais.


A escolha do período noturno é muito mais uma questão de fuso horário do que mera extravagância. Os Grandes Prêmios Mundiais costumam ser realizados à tarde ou, para nós no Brasil, de manhã. Apesar de acontecer às 20h em Cingapura, na Europa a corrida será transmitida, ao vivo, às 14h e no Brasil, às 9h. Foi a maneira encontrada para manter o padrão.

O que não se manteve dentro da normalidade foi a rotina da cidade de Cingapura. Jornais do país afirmam que a fórmula 1 fez crescer, em 20%, o mercado da prostituição na cidade. De acordo com eles, entre os principais clientes estão gerentes de empresas ligadas a combustíveis e assuntos financeiros.

E mesmo com toda a euforia das novidades, nem todo mundo está satisfeito. Muitos pilotos, depois de fazerem o reconhecimento do percurso, reclamam das condições da pista, alegando ondulações, além de problemas na entrada e saída dos boxes. Quase R$ 200 milhões gastos e um ano de planejamento não foram suficientes para agradar todo mundo. Mas, no final das contas, o que todos querem saber é quem leva o campeonato, Hamilton ou Massa?

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