quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

MTE?


É difícil acreditar, diante de tanta modernidade - numa época em que se estuda o uso de células-tronco para curar pacientes ou se discute as condições de vida em Marte - que ainda exista trabalho escravo, em condições indignas ou mesmo trabalho infantil.

E o pior é descobrir que não são poucos os casos; falamos em milhões de pessoas vivendo nessa situação. Só entre crianças e adolescentes são 2,5 milhões, hoje, em condição irregular no mercado de trabalho.

Estes números são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que conhece apenas a ponta do iceberg. Aliás, os números não são nada favoráveis ao MTE. Em 2008, o ministério teve o resultado mais fraco, desde 2004, no que diz respeito ao combate ao trabalho infantil.

Os auditores do MTE localizaram 5.179 crianças e adolescentes exploradas no mercado de trabalho, o que não chega a 20% da meta prevista para o ano, que era de 34 mil pessoas.


O ministério se defende afirmando que a meta foi superdimensionada. Além disso, o coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil, Renato Mendes, avalia que o número de auditores é insuficiente.

Segundo o ministério são, atualmente, 3.112 auditores fiscais do trabalho. Lembre-se: 5.179 crianças localizadas e 3.112 auditores trabalhando. É só fazer as contas.

Por isso, de nada adianta falar em criação de empregos, número de trabalhadores com carteira assinada, crescimento econômico, quando a realidade mostra o contrário.

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