segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Rodada de Doha?


Criada em novembro de 2001, dois meses após os atentados terroristas nos Estados Unidos, a rodada de Doha teve como objetivo inicial a reativação da economia mundial, em plena crise. É negociada entre 153 países que formam a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Por meio da liberalização do comércio mundial, a intenção era diminuir as barreiras comercias entre países em desenvolvimento (como o Brasil, Índia, China e África do Sul) e os desenvolvidos (Estados Unidos e União Européia).

As negociações receberam o nome de "Doha", capital do Qatar, por ter sido promovido nesta cidade o primeiro encontro entre os representantes de países, para discutirem a abertura do comércio mundial.

O que faz desta reunião complexa e problemática são os interesses distintos entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. Enquanto os emergentes brigam pela abertura do comércio de produtos agrícolas, os países ricos querem aumentar as exportações de produtos industrializados. Em outras palavras, ambos querem abertura de mercado, mas ninguém dá o primeiro passo.

Vale a pena lembrar que, no início, o principal objetivo da rodada de Doha era ajudar no desenvolvimento de países pobres, combatendo a fome e a miséria. Beneficiados com a diminuição dos subsídios agrícolas, estes países poderiam aumentar as exportações.

Pode-se dizer que um dos motivos do atual fracasso da rodada de Doha está nas divergências políticas dos países, o que contradiz a idéia original das negociações. Os bons resultados dependem, invariavelmente, de sacrifícios multilaterais e, até que isso aconteça, os países mais pobres continuarão em desvantagem.

Colaboração: João Carlos Simionato

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