quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ALCA?


A década de 1990 foi um momento importante do capitalismo. Muitos continentes estavam iniciando a formação de Blocos Econômicos para fortalecer suas economias. Eles proporcionavam redução nas tarifas alfandegárias, facilitavam a circulação de mercadorias e pessoas, e incentivavam o desenvolvimento de infra-estrutura nos países participantes.

Nessa fase da economia mundial, o presidente dos Estados Unidos, George Bush, anunciou a criação de uma zona de livre comércio, com a intenção de aumentar a entrada de produtos e serviços norte-americanos em outros países da América.

Na época o acordo foi esquecido, mas foi retomado por Bill Clinton em 1994, que utilizou como principal argumento na luta pela hegemonia das Américas.


A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) era o acordo proposto pelos Estados Unidos. Fariam parte dela 34 nações americanas. O objetivo era transformar os países americanos, com exceção de Cuba, em uma zona onde as barreiras comerciais e de investimentos iriam acabar, gradativamente. Com isso, aproximadamente 85% dos produtos e serviços transacionados na região ficariam isentos de impostos.

Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 países seria de aproximadamente 13 trilhões de dólares, o que faria da Alca um dos maiores blocos econômicos do mundo.

Mas os argumentos norte-americanos não convenceram a população latina de que o acordo seria algo bom para ela, então foram realizadas inúmeras manifestações contra a ALCA. Movimentos sindicais e sociais latino-americanos temiam o desemprego e a concorrência de produtos estrangeiros.

A última Cúpula das Américas foi realizada em novembro de 2005. A reunião dos governantes do continente marcou o fracasso do acordo, que foi oficialmente abandonado com a saída da Venezuela e do Brasil.


2 comentários:

Anônimo disse...

A ALCA seria um grande avanço nas relações comerciais entre as Américas.
Mas Existem inúmeras diferenças políticas, culturais e de desenvolvimento destas nações, tornando este acordo praticamente impossível.
Para concretizar um acordo comercial de tal porte, primeiramente todos os países das Américas teriam que ter um mesmo grau de desenvolvimento e de competividade industrial, caso contrario esta desigualdade entre nações agravaria ainda mais a situação dos mais pobres, pois não teriam indústrias para competir, por exemplo, com os EUA e por conseqüência estas seriam esmagadas pela concorrência.

Anônimo disse...

João,
é provável que essas diferenças diminuam com o tempo, mas não o suficiente para uma competição justa. Enquanto houver país querendo levar vantagem, acordos como esse serão inúteis.
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Karin Gusso e Ronan Pierote