sexta-feira, 21 de novembro de 2008

IOF?


Se você ouve a todo o momento siglas que parecem não fazer sentido, saiba que não está sozinho. Tudo parece ainda mais complicado quando se trata de economia, afinal são números, gráficos e planilhas.

O bom nessa história é quando, no meio de toda a crise financeira que assola o mundo, uma notícia favorável é anunciada.

Entre tantos pacotes de ajuda a instituições bancárias, linhas de crédito, alterações do compulsório, enfim uma medida que afeta diretamente o consumidor. E afeta no bom sentido.

O governo acaba de anunciar a diminuição do Imposto sobre a Operação Financeira (IOF), de 3,38% para 0,38% na compra de motocicletas.

A medida diminui o recolhimento do governo em aproximadamente R$ 300 milhões, mas, em compensação, as vendas de motos devem crescer consideravelmente.


A queda de 26% nas vendas foi o fator decisivo para que o governo tomasse essa decisão. O financiamento de motos ficará mais barato sem a cobrança do imposto que, aliás, tinha um valor bem mais baixo.

No começo do ano, para compensar a perda da CPMF, o governo elevou o IOF de 1,5% para o atual valor de 3,38%. Ou seja, a façanha não chega a ser um milagre.

Na verdade o IOF tomou o lugar da CPMF, ou como o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em janeiro, o que o governo fez foi trocar seis por meia dúzia.

O IOF foi criado em 1966 e, naquela época, incidia apenas sobre as operações de crédito e de seguros. Mais tarde, em 1980, passou a atingir outras operações. Hoje é mais fácil falar sobre quais ele não incide.

Alheios à turbulência

Diga-se de passagem, mesmo diante de tamanha crise senadores aprovaram aumentos nos salários de 91 mil servidores federais. Um outro reajuste aguarda votação do senado e deve beneficiar mais 380 mil servidores da ativa, aposentados e pensionistas.

Nem é preciso entender muito de economia pra calcular o tamanho do rombo nos cofres públicos, ou melhor, nos nossos bolsos.

4 comentários:

João Carlos Simionato disse...

Bom, apesar de toda crise La nos EUA. Eu acompanho as noticias por aki, vejo arrecadação recorde do governo e desemprego recorde em nosso país, sem ser pessimista, quero ver ano que vem, ano em q a crise realmente mostrará sua cara aki no Brasil. To ate aguardando, em Março de 2009, ainda vou ver nos jornais, inúmeros anúncios de venda de veículos rsrsrs, pricipalmente daqueles q compraram na época da bonança, e agora perderam seus empregos e não conseguem acabar de quitar o financiamento, tinha ate pessoas que despendiam 70% da sua renda para a parcela do carro, tudo pra demonstrar status pra sociedade rsrsr. Mas é isso ai, faz parte dos ciclos do capitalismo.. abraço a vcs todos do Blog,
Obs: Ano que vem em março relêem esse comentário, e vejam oq aconteceu.

Anônimo disse...

João,
eu fico em dúvida se o Brasil vai ser muito prejudicado por um motivo: já viu como o nosso modo de consumo é diferente de outros povos? nós não resistimos a uma promoção, liquidação. Isso deve interferir, de alguma maneira, na economia.
Abraço,
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Ronan Pierote

João Carlos Simionato disse...

A cultura de uma nação tem grande influencia no seu modelo econômico, veja o Japão, um país q passou por vários tempos de guerra, logo seu povo aderiu a um costume de poupar, temendo com o amanhã, por isso eles tem a menor ou uma das menores taxas de juros anual. Já nós brasileiros "q não é o meu caso", temos por habito consumir imediatamente nossa renda. Só que tem gente q gasta mal e/ou mais do que tem e na época do dinheiro farto, estas mesmas pessoas fizeram financiamentos, e agora com a desaceleração da economia e encarecimento do crédito, ocasionará num maior numero de desempregados e estes vão deixar de pagar a divida contraíram. Daí com uma elevada taxa de inadimplência, as empresas são prejudicadas e repassam esse custo para os bons pagadores, Resultado, todo mundo vai pagar o pato, só espero q isso não ocorra com tanta intensidade e q nossa economia se recupere rápido.
Nossa ficou grande, ninguém vai ler rsrsrs, abraço a vcs todos.

Anônimo disse...

João,
já vi que agora só resta esperar e ver o que vai acontecer. O certo é que medidas isoladas como essa - de redução do IOF - não serão suficientes.
Abraço,
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Ronan Pierote