terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ideb?



Como você escolhe onde seu filho vai estudar? E que garantia você tem de que ele vai aprender de maneira adequada? Estas e outras dúvidas preocupam pais que, muitas vezes, não têm outra opção, a não ser acreditar que o ensino das escolas públicas é de qualidade.

Ou isso, ou aceitar que, pelo menos, os pequenos têm onde ficar enquanto eles trabalham. No entanto, para vangloriar-se das conquistas obtidas nos últimos anos, como, por exemplo, o aumento dos índices de alfabetização, o governo criou o Ideb.

Mais uma das infinitas siglas que compõem o Ministério da Educação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é calculado com base na aprovação e evasão escolar, e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e na Prova Brasil.


Quanto maior a nota das escolas avaliadas, somada à menor repetência e desistência, melhor é a classificação no índice, que varia de zero a dez. Além de medir o nível das escolas por todo o país, o Ideb serve de referência para o repasse de verbas na área da educação.

No primeiro ano em que foi verificado, baseado em dados de 2005, o Ideb nacional ficou assim: para os anos iniciais do Ensino Fundamental, média 3,8. Para os anos finais do Ensino Fundamental, média 3,5. E para o Ensino Médio, média 3,4. A média é calculada entre escolas públicas (federais, estaduais e municipais) e privadas.

Em 2007 houve avanço (mínimo, mas aconteceu) e a média dos anos iniciais do Ensino Fundamental foi de 4,2. Os anos finais tiveram média de 3,8 e o Ensino Médio, 3,5.

Metas

As metas para o ano de 2021 variam entre 5,2 e 6,0, médias consideradas de países desenvolvidos. E para isso as escolas são capazes de tudo, até mesmo aprovar mais alunos para melhorar a nota.

É o que revela reportagem da Folha de São Paulo publicada esta semana. Mesmo sem melhorar o desempenho dos alunos em matérias tidas como mais difíceis - como matemática e português - é possível aumentar as taxas de aprovação de forma espantosa. Em Itapirucu, na Bahia, a taxa média de aprovação, que em 2005 era de 53%, passou para 100% em 2007.

Resta saber até quando a educação no Brasil vai ser tratada na base do "professor finge que ensina, enquanto o aluno finge que aprende".

Nenhum comentário: